ELEIÇÃO ESTADUNIDENSE:
TRADIÇÃO DE FRAUDE Cédulas viciadas; exclusão de milhares de eleitores da lista de votantes; urnas engravidadas em motel (não estamos exagerando, uma das urnas da Flórida foi encontrada exatamente dentro de um motel) e em outros lugares suspeitos; coordenadores da eleição que também são chefe de campanha - de Bush, como a madame Harris, secretária de Estado da Flórida; juízes da Suprema Corte que proíbem a recontagem de votos porque o candidato deles seria derrotado, etc., etc.; e, para coroar esse rol de patifarias, um sistema eleitoral miraculoso, onde o candidato que tem menos votos é o vencedor. Razão tem o reverendo Jesse Jackson ao dizer que em qualquer país do mundo o aboletamento de Baby Bush, esse rapaz oligofrênico, na Casa Branca seria chamado de golpe de Estado. Em todos os países, menos num: os Estados Unidos. As fraudes eleitorais na grande republiqueta do norte - proprietária dos corpos, almas e, claro, das riquezas da "outra" grande republiqueta - não são novas. Os irmãos Victoria e Kenneth Coullier escreveram, há anos, o livro "Votescam", no qual põem a nu a história eleitoral da Flórida. Filhos do jornalista James Coullier, famoso por seus trabalhos investigativos, eles afirmam no livro: "A princípio dos anos 70, quando papai descobriu que, na Flórida, praticava-se todo tipo de fraude eleitoral, ele levou as provas a Janet Reno, que na época era secretária de Justiça daquele estado. Em vez de processar os acusados, ela acusou papai", por apropriar-se de documentos públicos que comprovavam a fraude. Coullier comprovou que a fraude eleitoral na Flórida começou em 1964. Seus filhos revelam que o processo eleitoral americano nunca foi questionado, embora trate-se de uma estranha democracia com candidatos pertencentes apenas aos dois maiores partidos, por conivência do poderoso lobby de imprensa conhecido por NES (News Election Service), integrado pelos órgãos de imprensa NBC, CBS, ABC, CNN, AP, "The New York Times", "Washington Post" e outros veículos de comunicação. O lobby controla também o Voter Research Survey, que promove pesquisas eleitorais e se manifesta através do Voter News Service (VNS). Na eleição presidencial do ano passado eleitores americanos decidiram participar do processo eleitoral e não encontraram seus nomes nas planilhas eleitorais. Em alguns lugares havia insuficiência de cédulas. Em Nova Iorque, Illinois e Maryland, muitos não encontraram seus nomes nos registros eleitorais. Robert Povilaitis, policial de Chicago, denunciou que, em sua cidade, os mortos também estavam votando. Em Saint Louis, Missouri, as filas de eleitores eram tão extensas que os fiscais solicitaram à Justiça retardar o fechamento das urnas, mas um juiz federal deu parecer contrário. "Seria um crime manter a urnas abertas", declarou, na ocasião, o senador republicano Christopher Bond. Em Palm Beach, cerca de 19 mil cédulas foram anuladas por terem sido marcadas duas vezes. No condado de Broward ninguém sabe dizer onde foram parar 6.600 votos. Tudo isso agravado pela coincidência de o irmão de Bush, candidato republicano, ser governador da Flórida. Segundo o Comitê para Estudo do Eleitorado Americano, relatórios de 34 Estados e do Distrito Federal indicam que 2,1 milhão de votos deixaram de ser apurados, incluindo-se nestas cédulas não apuradas, votos de eleitores que não votaram para presidente e cédulas descartadas.
CURRAL ELEITORAL A eleição é indireta - quem ganhar em um Estado, mesmo que seja por um único voto, leva todos os delegados para um curral denominado "colégio eleitoral". Assim, Al Gore venceu, mas graças às fraudes escandalosas da Flórida, governada pelo irmão de Baby Bush, este teve maioria no tal curral. Por que isso se chama "colégio eleitoral"? Por que elege o presidente, ao invés do povo? Na verdade, nem isso. Trata-se de uma eleição de mentirinha. Nem o curral elege o presidente, porque o "colégio eleitoral" não é colégio nem eleitoral. Os delegados nem mesmo se reúnem. Apenas comunicam os seus "votos", coisa completamente desnecessária, pois esses "votos" já são sabidos de antemão - há leis na maioria dos Estados impedindo o delegado de votar em quem quiser. Algum homem de boa fé poderia pensar que essas leis existem para fazer respeitar a vontade do povo, expressa nas eleições. Ledo engano. Se fosse assim, o curral não precisava existir. Bastaria a eleição. Portanto, não é assim: para maior segurança da canalha, o Congresso tem poderes para anular a votação até do próprio curral, isto é, "colégio", se seus participantes se meterem a ter idéias, isto é, se levarem a sério a função e tiverem algum rasgo de independência. É verdade que essa hipótese não existe, pois todos eles são indicados a dedo pela cacicada, por sua vez toda no bolso da plutocracia.
TRAPAÇA A eleição, segundo a Constituição, é estadual, apesar de eleger um presidente federal. Somente a Justiça de cada Estado pode decidir a respeito de qualquer conflito sobre o assunto. Exceto, como mostrou a atual Suprema Corte, quando o candidato da corja endinheirada corre o risco de perder. Um dos juízes da Suprema Corte, Antonio Scaglia, "fundamentou" a proibição à recontagem dos votos na Flórida do seguinte jeito: "a suspensão da recontagem sugere que a maioria da corte, embora não tenha decidido o mérito do processo, acredita que seu autor [Bush] tem uma probabilidade substancial de sucesso". Isto é, ele e seus comparsas votaram na suspensão da recontagem porque queriam que Bush vencesse. Pois como "acreditar" no "sucesso" de Bush sem a recontagem? Seria uma questão de fé? Pois é essa maioria de chicaneiros que constitui a Suprema Corte dos EUA. As outras nações do mundo já conheciam a "democracia" dos EUA: um Estado terrorista, em que a CIA - da qual o pai de Baby Bush foi capo - trama assassinatos de chefes de Estado e usa o narcotráfico para promover massacres na Nicarágua, no Afeganistão, na Colômbia, no Laos, no Camboja, etc. Que bombardeia a população civil da Iugoslávia, do Iraque, do Vietnã e da Coréia, matando milhões de pessoas, para tentar submeter, aliás inutilmente, os povos desses países a uma casta degenerada de bilionários parasitas. Que intervém, desde a Indonésia até Granada e Somália - de onde, como no Vietnã e na Coréia, suas hordas saíram devidamente corridas. Que tenta, sem sucesso, sufocar o povo cubano por este ter decidido ser livre. Que parasita e enche de misérias a América Latina e a África com capachos como Fernando Henrique, Menem, Fox e outros mercenários a seu serviço. Quanto aos EUA, quando o processo, mesmo que minimamente, escapa das mãos da camarilha dominante - nem tudo ela pode, evidentemente - providencia-se um "jeitinho" rápido de livrarem-se dos indesejáveis. Difama-se o sujeito através dos meios de intriga e calúnia e/ou despacha-se uma bala na cabeça de um Kennedy, Martin Luther King, Malcom X. Para os marginalizados existe a prisão - são quatro milhões de presos, sempre negros, hispânicos e brancos pobres. Essa é a democracia americana. Uma encenação e uma impostura que parece ter caído aos olhos de todos com essa última eleição. Pois nunca foi tão claro e evidente quanto agora o caráter antidemocrático e antipopular dessa pantomina indecente.
GANHOU MAS NÃO LEVOU O Comitê para Estudo do Eleitorado Americano, grupo de pesquisa de caráter apartidário, apresentou relatório da computação final dos votos de mais de 105 milhões de eleitores americanos que votaram para presidente na eleição de 7 de novembro passado, revelando que a maioria de votos obtidos pelo democrata Al Gore foi de 539. 897 votos sobre o candidato republicano, George W. Bush, escolhido depois pela Suprema Corte de Justiça dos EUA, através de um golpe perpetrado contra a vontade da maioria do povo americano ao impedir a recontagem dos votos do Estado da Flórida, onde a eleição foi roubada descaradamente - até morto foi votar na eleição organizada pelo governador irmão de Baby Bush. O aceite do candidato Gore da derrota também inspira os mais criativos para imaginarem que tipo de maracutaia foi efetuada na calada da noite para garantir o fim das disputas e da guerra jurídica em torno do resultado final e a consequente vitória de Bush. Jonathan Moyo, Ministro da Informação do Zimbábue, recomenda que todos os povos do mundo, especialmente as crianças, estudem a fraude que aconteceu nas eleições nos Estados Unidos. "Uma eleição dessa, em qualquer país, não valeria nada", afirmou Jonathan Moyo em artigo publicado nos principais jornais do Zimbábue, país africano. O Ministro da Informação do Zimbábue enfatiza que "esse escândalo acaba com a farsa do império que se auto-intitula a maior democracia do planeta".
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