A SUBSERVIÊNCIA DOS BRAZILEIROS: O EPISÓDIO DA CIDADE DE NATAL

Acerca desse contingente precursor dos ‘paladinos da liberdade e dos direitos  humanos’, o coronel Adhemar Rivamar de Almeida, em "Montese – Marco Glorioso de Uma Trajetória", pág. 5, assim se posiciona:

 

"Doze de Setembro de 1943.  O Comandante do avião da Panair em que viajávamos anunciou pelo microfone de bordo que  estávamos sobrevoando a cidade de Natal, mas  intenso tráfego aéreo, prioritário, fará com que levemos ainda alguns minutos antes de aterrissar’.  Momentos antes, um funcionário daquela companhia de aviação, a exemplo do que já fizera em Salvador e Recife, encobrira com um dispositivo apropriado todas as janelas do avião,  de modo a não serem vistas as obras que estavam sendo executadas naquelas três importantes Bases Aéreas.  ( Os americanos proibiam os brasileiros de tomar conhecimento do que se passava em território brasileiro!  Sim, é isto mesmo que diz o autor da obra citada!). Pousamos, finalmente, em Parnamirim !! A maior base aérea em construção no Brasil, nas proximidades da capital potiguar, crescia diariamente em novas edificações, em modernas pistas de pouso e decolagem e em números fortes e bem alimentados, que dormiam em locais higienicamente limpos e saudáveis (sem moscas ou mosquitos)m que bebiam água pura e possuíam aviões para ir buscar verduras e frutas frescas em nossas cidades do Sul.  Parnamirim! Antes um pequeno campo de aviação, cercado de pequenos casebres; CASEBRES QUE ERAM OCUPADOS POR BRASILEIROS FAMINTOS E QUE TIVERAM 24 HORAS PARA ABANDONÁ-LOS,  APÓS O QUE OS TERIAM EMBEBIDO EM GASOLINA E TRANSFORMADO EM FOGO, FUMAÇA E CINZAS.   Ordem que fora dada sem que nada de concreto fosse providenciado para acolher aqueles pobres patrícios e seus familiares, tão barbaramente expulsos de suas míseras moradas. (...) Tudo era de fácil compra para os norte-americanos cheios de dólares: dólares que também estavam servindo para prostituir tantas jovens nordestinas, vindas de todos os rincões. . . Natal já possuía até cassino, com jogos, ‘shows’ e mulheres de fácil entrega.”

 

Todos os atos aqui praticados, tiveram o aval do governo brasileiro de forma incontestável.  O Brasil, país sem regras, sem palavra, sob o jugo da perversidade internacional, requisitou para si a perda absoluta de sua autonomia, razões de sobra para motivar o Movimento pela Independência do Pampa a buscar nossa autodeterminação através da restauração da independência gaúcha.