TERCEIRO
ANIVERSÁRIO DO FIASCO DE NOVO HAMBURGO 08 de Setembro de 1999
CAVALEIRO DO
PAMPA É AMEAÇADO ENQUANTO A BANDEIRA BRASILEIRA É
EXALTADA
Era 20 de Setembro de 1996 na
cidade de Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul), o desfile em comemoração
à Semana Farroupilha marcado para às 10:00 hs obedeceu
aos protocolos brasileiros e atrasou 30 minutos.
O PRIMEIRO INCIDENTE Todos haviam desfilado quando chegou a vez da
Cavalaria e houve o primeiro incidente com o Cavaleiro do Pampa
Carlos Otávio Schneider. O organizador (organizador?) de
alcunha "Toninho" proibe Schneider de desfilar sob a alegação
de que as rédeas do cavalo eram de náilon! A revolta
foi geral.
O SEGUNDO INCIDENTE O imponente cavaleiro Schneider portava a Bandeira
do Pampa e montava com orgulho o seu cavalo crioulo quando foi novamente
atacado pelo Sr. Toninho e o Capitão Jonis Nogueira, da Brigada
Militar: "O Senhor
não vai desfilar com esta bandeira",
assegurou Nogueira.
Schneider que desfilava pelo
DTG Esperança de Novo Hamburgo, acompanhado de Valdir Prestes
e o exímio cavaleiro "Lulu", integrantes da mesma
entidade, lançou o desafio:
"Vou desfilar Capitão, pois
a minha bandeira é muito mais Gaúcha que
a sua, pois esta que o Senhor Capitão está
carregando (a
bandeira brasileira!)
constitui-se numa bandeira assassina. Os homens que
no passado a portavam pertenciam a uma horda de selvagens,
que invadiram as nossas terras e casas. Os filhos que
se recusaram a compor as colunas brasileiras eram sangrados
como animais no matadouro. Nossas mulheres e nossas
filhas eram estupradas enquanto nossos Heróis
Farroupilhas lutavam pela causa justa. Nossas crianças
eram fria e covardemente degoladas por este bando de
assassinos brasileiros do ciclo Farroupilha. Portanto
Senhor Capitão, a minha Bandeira é muito
mais Gaúcha e patriótica que a sua." |
Após muita discussão
o desfile foi permitido sob uma série de condições
que, obviamente, não foram acatadas.
A comunidade local aplaudiu carinhosamente
a passagem do estandarte, ignorando a falta de respeito do palanque
político que se virou e deu as costas ao "Cavaleiro
Solitário", à exceção do Patrão
do DTG João Pinheiro e sua Prenda.
O fiasco dos organizadores
do desfile de 20 de Setembro de 1996 em Novo Hamburgo constituiu-se
em mais uma demonstração de prepotência, ignorância
e desrespeito aos Ideais Farroupilhas. O
processo de aculturação destes pseudo-tradicionalistas
chegou ao absurdo de portarem a bandeira brasileira em posição
de destaque no início do desfile Farroupilha. Uma bandeira que representa tudo aquilo que os Bravos
Farroupilhas deram suas vidas para combater.
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