E SE O BANDIDO FOSSEM OS EUA?
Noam Chomski (*)
Os Estados Unidos acabam de eliminar de sua
linguagem diplomática a expressão "Estado-bandido".
Neste texto, Noam Chomsky analisa as maneiras como era aplicado
esse conceito por Washington, que reivindicava para si o direito
de tomar medidas unilaterais.
Washington e Londres decidiram que o Iraque
era um "Estado-Bandido", constituía uma ameaça
a seus vizinhos e devia ser vigiado pelos guardiães da ordem.
O desprezo pela primazia do direito internacional está profundamente
enraizado na cultura intelectual e nas práticas norte-americanas.
A justificativa para a invasão do Panamá
em 1989 foi a de que esse país era "utilizado como base
para o tráfico de drogas destinadas aos EUA". Os inimigos
devem compreender que estão diante de desequilibrados, de
comportamento imprevisível e que dispõem de uma enorme
capacidade de destruição.
"Nessa nova era que se anuncia, o emprego
de nossas forças provavelmente não envolverá
mais a URSS, e sim, o Terceiro-Mundo", disse Bush em 1989.
Khadafi teria "enviado 400 milhões de dólares
e todo um arsenal para Manágua, com o objetivo de levar a
guerra para dentro dos Estados Unidos".
A ONU intimou a Indonésia a retirar
suas tropas do Timor-Leste. Os EUA responderam a essa decisão
aumentando as remessas de armas aos agressores. Na época,
Saddam Hussein - que fazia então a guerra contra o Irã
do aiatolá Khomeini - era um amigo cortejado e parceiro comercial
de Washington.
Nos anos 80, dez mil indonésios foram
mortos pelas repressão. Segundo o ditador, "deixamos
os cadáveres espalhados, como uma espécie de terapia
de choque". Se Saddam Hussein caiu para o lado dos "Estados-bandidos",
foi porque saiu da linha e se mostrou desobediente, assim como Manuel
Noriega, do Panamá.
O conceito de "Estado-Bandido" ou
Estado fora-da-lei teve, nos últimos tempos, um papel primordial
na análise e na estratégia política norte-americana.
Cuba foi incluída no conceito, mas não os EUA, que
fizeram múltiplos ataques terroristas à ilha e diversas
tentativas de assassinar Fidel Castro. Um "Estado-Bandido"
não era simplesmente um Estado criminoso, mas um Estado que
não se dobrasse às ordens dos poderosos. O conceito
de "Estado-Bandido" ou Estado fora-da-lei teve, nos últimos
tempos, um papel primordial na análise e na estratégia
política norte-americana. O exemplo mais conhecido é
a crise iraquiana, que dura exatamente há dez anos (a invasão
do Kuait pelo Iraque data de 1o de agosto de 1990). Na época,
Washington e Londres decretaram ser o Iraque um "Estado-Bandido",
que constituía uma ameaça aos seus vizinhos e aos
demais países; uma "nação fora-da-lei",
dirigida por uma reencarnação de Hitler, e que devia
ser mantida em xeque pelos guardiães da ordem internacional:
os Estados-Unidos e seu fiel escudeiro britânico.
A característica mais interessante
deste debate sobre os "Estados-Bandidos" é precisamente
nunca ter ele acontecido. As discussões ficam circunscritas
a limites que impedem a formulação de uma resposta
evidente: que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha devem agir
de acordo com suas leis e com os tratados internacionais que assinaram.
Caso tais medidas se revelem inadequadas, o Conselho de Segurança
poderá empreender qualquer ação que julgue
necessária à manutenção ou ao restabelecimento
da paz e da segurança internacionais. O enquadramento legal
pertinente ao caso é baseado na Carta das Nações
Unidas, fundamento do direito internacional, e, para os Estados
Unidos, na Constituição norte-americana.
A Carta estipula que "uma vez constatada
a existência de uma ameaça contra a paz, de uma ruptura
da paz ou de um ato de agressão, o Conselho de Segurança
pode decidir as medidas a serem tomadas que não impliquem
no uso da força armada. Caso tais medidas se revelem inadequadas,
o Conselho de Segurança poderá empreender qualquer
ação que julgue necessária à manutenção
ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais.
A única exceção admitida está no Artigo
51: "Nenhuma disposição da presente Carta causa
prejuízo ao direito natural de legítima defesa, individual
ou coletiva, caso um país membro das Nações
Unidas seja objeto de uma agressão armada, até que
o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias
para manter a paz e a segurança internacionais."
Agindo
por Conta Própria
Existem, portanto, vias legítimas de
recurso para fazer frente às diversas ameaças que
pesam contra a paz mundial, e nenhum Estado tem autoridade para
agir por sua própria conta, através de medidas unilaterais.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não são
exceções à regra, mesmo que tivessem as mãos
limpas, o que está longe de ser o caso. Os "Estados-bandidos"
não aceitam tais condições: como o Iraque de
Saddam Hussein, por exemplo, ou os Estados Unidos. Dessa forma,
por ocasião do primeiro confronto com o Iraque, a atual Secretária
de Estado Madeleine Albright, que na época era embaixadora
dos Estados Unidos junto à Organização das
Nações Unidas (ONU), declarou sem constrangimento
ao Conselho de Segurança: "Agiremos de forma multilateral,
quando pudermos, e unilateralmente, quando julgarmos necessário",
pois "consideramos a área do Oriente Médio de
vital importância para os interesses nacionais dos Estados
Unidos."
Quando Annan anunciou que fora alcançado
um acordo com Sadam Hussein, o Presidente William Clinton declarou,
por sua vez, que se o Iraque não se conformasse - sendo Washington
o único juiz da questão, "todo o mundo compreenderia
que os Estados Unidos e, assim espero, todos os nossos aliados,
teríamos o direito unilateral de responder no momento, no
lugar e da maneira da nossa escolha". Essa posição
foi reiterada pela secretária de Estado em fevereiro de 1998,
quando o Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, se encontrava
numa missão diplomática em Bagdá: "Nós
lhe desejamos boa sorte, e quando ele voltar veremos se o que ele
traz é compatível com nossos interesses nacionais."
O Conselho de Segurança da ONU endossou por unanimidade o
acordo assinado por Annan, rejeitando a exigência de Londres
e Washington de serem autorizados a utilizar a força, caso
o acordo não fosse cumprido. Nessa hipótese, a resolução
do Conselho indicava que o Iraque se exporia "às mais
graves conseqüências", sem maior precisão.
O Conselho decidiu ainda permanecer no controle da situação.
Nos termos da Carta das Nações Unidas, tratava-se
exclusiva e tão-somente do Conselho de Segurança.
Senhores
da Guerra
Washington fez uma leitura completamente diferente
desse texto, que no entanto nada tem de ambíguo. Segundo
o embaixador William Richardson, o acordo alcançado "não
impedia o uso unilateral da Força" e os Estados Unidos
conservavam o direito legal de atacar Bagdá quando bem entendessem.
Clinton, por sua vez, declarou que a resolução do
Conselho de Segurança lhe "conferia autoridade para
agir" - por meios militares, precisou seu assessor de imprensa
- em caso de desrespeito por parte do Iraque dos compromissos
assumidos. No Congresso, certos eleitos consideraram que esta posição
oficial ainda era por demais respeitosa do direito nacional e internacional.
O republicano Trent Lott, por exemplo, líder da maioria no
Senado, denunciou o governo de Clinton por ter "subcontratado"
sua política externa "a outros" - quer dizer, ao
Conselho de Segurança. Seu colega John Kerry, outrora "pomba
da paz", acrescentou que a invasão do Iraque pelos Estados
Unidos seria "legítima", caso Saddam Hussein "se
obstinasse em violar as resoluções da ONU".
O desprezo escancarado pelo artigo 51 da Carta
das Nações Unidas é particularmente revelador.
Tivemos um exemplo muito claro depois dos acordos de 1954 que puseram
fim à primeira guerra da Indochina, conduzida pela França.
O desprezo pela primazia do direito está profundamente enraizado
na cultura intelectual e nas práticas norte-americanas. Basta
recordar, entre outros exemplos, a reação de Washington
à sua condenação pela Corte Internacional de
Justiça de Haia, em 1986. Os Estados Unidos foram então
condenados por "uso ilegal da força" contra a Nicarágua
sandinista, intimados a por fim às suas atividades clandestinas
a serviço dos "Contra" anti-sandinistas, e ainda
a pagar indenizações ao governo legal de Manágua.
Essa decisão da mais alta instância
judiciária internacional provocou um furacão de protestos
nos Estados Unidos. A Corte foi acusada de ter-se "desacreditado",
e seu parecer, julgado indigno de ser publicado, não foi
absolutamente levado em conta. Muito pelo contrário: a maioria
democrata no Congresso imediatamente autorizou a liberação
de novos fundos para os terroristas do "Contra". Numa
declaração de abril de 1986, o Secretário de
Estado George Schultz havia formulado de maneira clara a doutrina
norte-americana sobre a questão: "A palavra negociação
é um eufemismo para capitulação, se a sombra
do poder não se projeta sobre o campo de diálogo",
explicou, condenando os que defendiam "meios utópicos,
legalistas, tais como a mediação por terceiros, a
ONU e a Corte de Haia, sem considerar na equação o
elemento poder."
A
"Agressão Interna"
Os acordos de 1954 que puseram fim à
primeira guerra da Indochina, conduzida pela França, foram
considerados um "desastre", por Washington, que logo se
dedicou a sabotá-los: o Conselho Nacional de Segurança
decidiu secretamente que "em caso de rebelião ou de
subversão comunistas locais que não constituíssem
ataque armado", os Estados Unidos considerariam o uso da força,
inclusive contra a China, identificada como "a fonte da subversão".
O mesmo documento preconizava a re-militarização do
Japão e a transformação da Tailândia
no "ponto focal das operações clandestinas e
de guerra psicológica no Sudeste asiático", especialmente
na Indochina, ou seja, no Vietnã.
Posteriormente, o governo norte-americano
iria dar a sua definição do conceito de agressão,
incluindo o "combate político ou a subversão"
- entenda-se: por parte de outros países, que não
eles próprios. É o artifício utilizado pelo
Senador democrata Adlai Stevenson, que invocou uma "agressão
interna" para justificar a escalada militar do Presidente John
Kennedy que iria levar a um ataque de grande envergadura no Sul
da península e, conseqüentemente, à longa guerra
do Vietnã. Para justificar diante do Conselho de Segurança
a invasão do Panamá por tropas norte-americanas em
dezembro de 1989, o embaixador Thomas Pickering invocou o artigo
51 da ONU: tratava-se, segundo ele, de impedir que o território
desse país "fosse utilizado como base para o tráfico
de drogas destinadas aos Estados Unidos". Entre a "opinião
esclarecida" ninguém contradisse essa interpretação.
Em junho de 1993, o presidente Clinton alcançou
grande sucesso no Congresso e na imprensa quando ordenou um ataque
de mísseis contra o Iraque, ataque que deixou grande número
de vítimas civis. Os comentadores ficaram particularmente
impressionados com o recurso de Albright ao famoso artigo 51: os
bombardeios constituíam "um ato de legítima defesa
contra um ataque armado", disse ela, referindo-se a uma pretensa
tentativa de assassinato contra o presidente George Bush, ocorrida
dois meses antes! Responsáveis pela administração,
expressando-se em anonimato, informaram os jornalistas que "esse
julgamento sobre a culpabilidade do Iraque baseava-se em provas
e análises circunstanciais, e não em informações
concretas" - o que não impediu que a imprensa saudasse
com unanimidade a utilização do famoso artigo 51.
Na Câmara dos Comuns, na Grã-Bretanha, o secretário
de Relações Exteriores, Douglas Hurd, também
defendeu esse "exercício justificado e comedido do direito
à legítima defesa".
Um tal balanço parece dar razão
a todos os que, mundo afora, se preocupam com a existência
de "Estados-bandidos", prontos a usar a força em
nome de um "interesse nacional" definido somente pelos
jogos de poder internos; e com a existência ainda mais inquietante
de "Estados-bandidos" que se erigem em árbitros
e carrascos em escala planetária.
Um
"Gulag Norte-Americano"
O que viria, então, a ser um "Estado-bandido"?
A idéia subjacente a essa formulação é
que, embora terminada a guerra fria (1947-1989), os Estados Unidos
conservam a responsabilidade de proteger o Mundo. Mas proteger de
quem? A "conspiração monolítica e impiedosa"
de J. F. Kennedy e o "império do mal" tão
caro a Ronald Reagan já se acabaram. É preciso encontrar
novos inimigos.
Dentro do país, o medo da criminalidade
- e em particular da droga - foi estimulado por "uma série
de fatores que pouco ou quase nada têm a ver com o crime propriamente
dito". Essa é a conclusão da Comissão
Nacional de Justiça Criminal, que cita o comportamento dos
meios de comunicação, além do "modo como
o Estado e a indústria privada produzem medo nos cidadãos",
"explorando, com fins políticos, as tensões raciais
latentes." E ressalta o preconceito racial existente na polícia
e na justiça, que arrasa comunidades negras e cria um "abismo
racial", colocando o País sob "o risco de uma catástrofe
social". Criminologistas descrevem o resultado como um "Gulag
norte-americano", um "novo apartheid", com a população
carcerária atingindo, pela primeira vez na história
dos Estados Unidos, cerca de DOIS MILHÕES DE DETENTOS, EM
SUA MAIORIA (!) SENDO AFRO-AMERICANOS. O índice de presidiários
negros é sete vezes maior que o de brancos, sem qualquer
relação com o índice de detenções,
que por sua vez não tem relação alguma com
os números reais de uso ou de tráfico de drogas.
O que alimenta a reflexão de analistas
políticos, como por exemplo Ronald Steel, que se questionava
sobre o "enigma" com que se deparavam os Estados Unidos:
"Como nação mais poderosa do mundo, vêem
a sua liberdade de empregar a força submetida a mais constrangimentos
do que qualquer outro país." Daí o êxito
(temporário) de Saddam Hussein no Kuait, em agosto de 1990,
em comparação com a incapacidade de Washington de
impor sua vontade no Panamá. Antes do Iraque, Irã
e Líbia lideravam a lista dos "Estados-bandidos".
Outros, no entanto, jamais figuraram nela. A Indonésia é
um bom exemplo: transformou-se de inimigo em amigo quando o General
Suharto tomou o poder em 1965, após um banho de sangue muito
aplaudido no Ocidente. Suharto iria rapidamente tornar-se "o
nosso tipo de cara" (our kind of guy) por retomar uma fórmula
do governo Clinton, enquanto cometia agressões mortais e
atrocidades sem conta contra seu próprio povo. Somente nos
anos 80, contam-se 10 mil indonésios mortos pelas forças
da ordem, segundo o testemunho pessoal do ditador, que explica também
que "deixamos os cadáveres espalhados, como uma espécie
de terapia de choque".
Mas ainda em dezembro de 1975 o Conselho de
Segurança da ONU havia intimado a Indonésia a retirar
"com urgência" suas tropas, que haviam invadido
o Timor-Leste, antiga colônia portuguesa, e pedido que "todos
os Estados respeitassem a integridade do Timor-Leste, bem como o
direito inalienável de seus habitantes à autodeterminação".
Os Estados Unidos iriam responder a essa decisão das Nações
Unidas aumentando secretamente as remessas de armas aos agressores.
O então embaixador da ONU, Daniel Patrick Moynihan, se diz
orgulhoso, em suas memórias, por ter tornado as Nações
Unidas "totalmente ineficazes, em quaisquer que fossem as medidas
que tomassem" no que se referia à Indonésia.
E isso, seguindo as instruções do Departamento de
Estado, "que desejava que as coisas evoluíssem como
evoluíram e trabalhou para tal". Washington também
aceitaria tranqüilamente o roubo do petróleo do Timor
(com a participação de uma companhia norte-americana),
apesar da transgressão da legalidade que isso representava
e em detrimento de qualquer interpretação razoável
dos acordos internacionais.
A analogia entre as situações
do Timor-Leste e do Kuait é bastante próxima, mas
há algumas diferenças. Para falar apenas da mais evidente:
as atrocidades cometidas - com a benção norte-americana
- pelo regime indonésio na ilha do Timor, ultrapassam em
muito qualquer coisa atribuída ao Iraque no seu vizinho .
Isso, porém, não fez da Indonésia, na lista
de premiados estabelecida por Washington, um "Estado-Bandido".
Não foram os crimes cometidos por Saddam
Hussein contra seu próprio povo, nem sobretudo a utilização
- perfeitamente conhecida pelos serviços secretos norte-americanos
- de armas químicas contra civis, que metamorfosearam o ditador
em "monstro de Bagdá". Antes da invasão
do Kuait, os Estados Unidos haviam lhe manifestado um apoio tão
indefectível que até deixaram passar o ataque da força
aérea iraquiana contra o navio de guerra USS Stark (que fez
37 vítimas entre os marinheiros norte-americanos), um privilégio
restrito até então a Israel (no caso de seu ataque
"por engano" ao USS Liberty, em junho de 1967, que deixou
34 mortos).
Eles haviam coordenado com Saddam Hussein
a campanha diplomática, militar e econômica que levou,
em 1989, à capitulação do Irã "diante
de Bagdá e Washington", como escreveu o historiador
Dilip Hiro. Tinham até encomendado a Saddam Hussein os serviços
habituais de Estado-Vassalo: por exemplo, treinar centenas de mercenários
líbios recrutados por norte-americanos para derrubar o coronel
Kadhafi, como revelou Howard Teicher, um ex-assessor de Reagan.
Se Saddam Hussein caiu para o lado dos "Estados-bandidos",
foi porque saiu da linha e se mostrou desobediente, do mesmo modo
que o criminoso de menor envergadura Manuel Noriega, do Panamá,
cujos principais crimes foram cometidos enquanto estava a serviço
- remunerado - de Washington.
Cuba foi classificada na categoria por sua
presumida implicação no "terrorismo internacional",
mas não os Estados Unidos, que, no entanto, durante quase
40 anos, fizeram múltiplos ataques terroristas à ilha
caribenha e diversas tentativas de assassinar Fidel Castro. O Sudão
foi também classificado como "Estado-Bandido",
embora não os Estados Unidos, que em agosto de 1998 bombardearam
ali uma suposta fábrica de armas químicas, que depois
foi provado tratar-se de uma indústria farmacêutica,
como afirmavam as autoridades de Cartum...
Vê-se que o conceito de "Estado-Bandido",
hoje em dia oficialmente abandonado, foi particularmente flexível.
Enfim, os critérios eram perfeitamente claros: um "Estado-Bandido"
não era simplesmente um Estado criminoso, mas um Estado que
não se dobrasse às ordens dos poderosos, eles mesmos,
evidentemente, poupados desta classificação difamatória.
(*)
NOAM CHOMSKI, respeitado professor universitário norte-americano,
é conhecido pelos seus trabalhos sobre lingüística
e também pela sinceridade com que tece críticas à
política externa dos Estados Unidos da América.
Fonte: III Informativo
REDE de Cristãos 04/Set/2000
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