BRASIL CAI DA 12ª PARA A 15ª MAIOR ECONOMIA DO MUNDO
31 de Março de 2004

O IBGE divulgou hoje (31/mar), os indicadores de valores do PIB brasileiro referente ao ano de 2003. Com isso, o país caiu da 12ª colocação para a 15ª colocação entre as maiores economias do mundo depois de ter ocupado a 8ª posição em 1998. A Rússia vem na 16ª colocação com PIB preliminar de US$ 419 bilhões. Caso a Rússia mantenha a média de crescimento observada nos últimos 4 anos (6% ao ano), ela deverá ultrapassar o Brasil em 2005 ou 2006.

Esse estudo tem como base os valores dos PIBs das demais economias do mundo divulgados pela OECD e as expectativas de crescimento elaboradas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), com exceção da previsão para o PIB brasileiro, que foi extraída da pesquisa FOCUS do Banco Central. Com esses números, é possível calcular os PIBs em dólares para cada país. O cálculo considera a expectativa de crescimento dos países, a desvalorização ou valorização das moedas – calculada a partir da razão entre o câmbio médio do ano corrente e o câmbio médio do ano anterior – e a expectativa de inflação de cada país.

Entre a última medição ocorrida com a divulgação dos dados do terceiro trimestre e a medição atual que contempla o encerramento do ano houve apenas uma alteração significativa nas posições dos países, que foi a subida da índia da 14ª colocação para a 12ª colocação. Esse crescimento deveu-se a melhor performance do PIB da Índia dos últimos 7 anos e que teve como fator preponderante o bom desempenho do setor agrícola, que cresceu 17% em 2003.

A Índica ultrapassou as economias da Coréia do Sul e da Holanda. A diferença em relação a Coréia deveu-se a maior taxa de crescimento de uma em relação a outra, isso porque ambas mantém sua taxa de câmbio desvalorizada e que registrou 4,2% em 2003.

Já em relação a Holanda, a diferença também deveu-se no PIB. Enquanto a Índia cresceu mais de 5% no ano passado a Holanda apresentou retração de 0,8% no PIB (como foi observado na maioria dos países que compõem o Euro). O resultado só não foi pior porque o Euro valorizou 19,7% em relação ao dólar norte-americano na média anual. 

Fonte: GLOBALINVEST, 31/Mar/2004.