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            Em 12 de Abril de 1839, nas pontas de Cunhã-Peru, 
            sobre nossas divisas com o Uruguai, foi destroçada, pelo 
            capitão Manuel Cavalheiro de Oliveira Júnior, uma 
            partida imperialista brasileira chefiada pelos capitães Venceslau 
            e Dedeco. Ficou em poder dos republicanos toda a cavalhada que levaram, 
            e da força poucos homens se salvaram. 
            No dia 13, no Curralão, em São 
            Borja, uma força imperial ao mando de Chará e Catalão, 
            composta de 70 homens, foi rechaçada pelas forças 
            do general farroupilha Portinho compostas, na ocasião, de 
            50 homens. 
            Retirando-se os imperiais, sempre perseguidos 
            pelos homens de Portinho, foram, ambos, engrossando suas colunas 
            com forças volantes que estavam pelas redondezas. Por isso, 
            a luta entre ambas as partidas continuou sempre, sem tréguas, 
            finalizando somente no dia 20, com a passagem dos imperialistas, 
            depois de sério revés, pelo Passo de Santa Maria, 
            no Uruguai. Tiveram os imperiais 10 mortos, 4 prisioneiros, vários 
            feridos, toda a cavalhada perdida, e grande parte do arreamento 
            e muito armamento caíram em poder dos farroupilhas. 
            Não desacorçoados, no dia 23 
            forças imperiais de Chará e Catalão voltaram 
            a atacar o general Portinho nas margens do Uruguai, junto ao passo 
            de Santa Maria, sendo, novamente, repelidos e, desta vez, postos 
            em fuga. Perderam os imperiais 7 mortos além de feridos, 
            14 cavalos encilhados e 300 "sãos e gordos".  As 
            baixas sofridas pelos republicanos foram mínimas. 
              
              
            Baseado no livro "A Revolução Farroupilha", 
            de Walter Spalding.  |