EXÉRCITO DE BANDIDOS: MILITARES BRASILEIROS NEGOCIAM COM BANDIDOS
30 de Julho de 2006

No passado já foi chamado de "exército de macacos" ("macaquitos") e "exército de bandidos" já que seus "soldados" eram bandidos encarceirados que pegavam em armas em troca da liberdade. Isso  não mudou, nem nunca mudará, pelo contrário, se tornará uma verdade cada vez mais evidente.

Para recuperar as armas roubadas no Rio de Janeiro, os bandidos do tráfico fizeram acordo o exército de bandidos de pindorama, o país de brinquedo. Os bandidos acabam sempre se entendendo...

Carta Capital revela negociação entre militares e traficantes para recuperação de armas no Rio; ouça as gravações
20/07/2006, atualizada às 13:50 21/07/2006

A revista Carta Capital que chega às bancas nesta sexta-feira revela acordo entre militares e traficantes para recuperação de armas roubadas no Rio.

A reportagem da revista teve acesso a gravações autorizadas pela Justiça. As gravações apontam para dois dos principais personagens envolvidos na operação de resgate das armas: o capitão da artilharia, Ailton Moraes de Barros, e o coronel Rogério, comandante da Companhia de Inteligência Militar do Leste.

Entre outras coisas, o capitão Ailton ameaça “contar tudo” e diz que o que puder "bagunçar" vai "bagunçar”. Durante uma ligação com o coronel Nélio, seu superior hierárquico, ele adota um tom arrogante e abusa de acusações genéricas questionando “onde estão os generais? Quem me botou nessa situação foram eles”.

Ailton se define como um “bomba” por causa das informações que tem e diz que os superiores estão “assustados” com ele.  Quando fala com o defensor público Ariosvaldo Coasta Homem, que atesta que Ailton tem moeda de troca, ele afirma categórico: “Eu não tenho moeda de troca, não. Eu tenho uma Casa da Moeda”.

Clique aqui para baixar as gravações autorizadas pela Justiça

Gravação 1

Gravação 2

Gravação 3

No dia 3 de março deste ano, 10 fuzis e uma pistola do quartel do bairro de São Cristóvão, no Rio, o Estabelecimento Central de Transportes, foram roubados.

O Exército esteve nas ruas por 11 dias para recuperar as armas. No dia 14, as armas finalmente foram resgatadas, em um local próximo à favela da Rocinha.

De acordo com a reportagem da Carta Capital, a recuperação das armas se deu graças a um acordo entre militares e o tráfico de drogas do Rio. Segunda a publicação, há forte suspeita de que um grupo de militares agiu à revelia do comando do Exército e negociou diretamente com traficantes para ter as armas roubadas de volta.

Leia a reportagem completa e a transcrição das gravações na edição que chega às bancas nesta sexta da revista Carta Capital

Fonte: US