G L O B A L I Z
A Ç Ã O X E
X C L U Í D O S
Os 20% mais ricos do mundo têm renda 74 vezes maior que os 20% mais pobres. O resto é otimismo de ocasião A mídia difunde a idéia de que o planeta está cada vez mais homogêneo, globalizado e cosmopolita. Um alienígena que tentar nos estudar através dos comerciais de TV concluirá que, na sua maioria, os humanos usam elegantes roupas ocidentais, falam (ou aprendem) inglês, viajam de avião, usam a Internet, consomem badulaques eletrônicos, tomam Coca-Cola, escutam rock e levam os filhos ao McDonald's e à Disneyworld - e, apesar de tentativas recentes de democratizar o perfil dos/das modelos, também concluirá que a maioria dos humanos (pelo menos das fêmeas) é branca e loira.
DIFERENÇAS Há verdade nisso: os aeroportos, os shoppings, os centros financeiros, os hotéis e resorts de cinco estrelas, os condomínios fechados e os táxis com ar-condicionado se parecem cada vez mais em qualquer parte do mundo; quem passa a vida circulando por tais espaços pode (se nunca olhar para os lados) imaginar que o mundo já é todo igual. Porém, é mais verdadeiro dizer que o mundo é cada vez mais desigual: nunca foi tão grande a desproporção entre os mais ricos e os mais pobres. A renda dos 20% mais ricos é hoje 74 vezes maior que a dos 20% mais pobres, quando em 1960 era 30 vezes e no auge do imperialismo do século 19 era de 7 vezes. As fortunas somadas das 358 pessoas mais ricas do mundo (mais de US$ 1 trilhão) superam o PIB total de países que reúnem 2,7 bilhões de habitantes, 45% da população do planeta; a fortuna dos dois ou três homens mais ricos (cerca de US$ 150 bilhões) supera os PIBs somados dos 43 países mais pobres. De 1990 a 1994, o consumo de calorias per capita cresceu 3,2% (de 3.135 para 3.234 por dia) entre os povos que buscam desesperadamente perder peso, enquanto caía 4,5% (de 1.941 para 1.835) entre os que lutam para não morrer de fome. Enquanto os pesquisadores de novas técnicas de clonagem e engenharia genética transumana começam a sonhar com a possibilidade de viver 150 ou 200 anos, em vários países a miséria, o alcoolismo, a Aids e outras doenças começam a reverter a tendência de gradual aumento da longevidade que por muitas décadas foi o supremo argumento em favor da modernidade. A expectativa de vida, que na Rússia chegou a 69 anos em 1965 e 71 em 1991, caiu para 63 em 1995; na África, ao sul do Saara, onde a média chegou a 59 anos em 1990, caiu para 50 em 1997 e deverá ser de 45 em 2005. Em Botsuana, onde se chegou a 61 em 1991, a projeção é de 33 anos em 2010 - quase um retorno à pré-história.[1]
NÃO LER, NÃO VER... Também há muito não havia tantos fundamentalismos, não se dava tanta importância às diferenças étnicas e culturais e não havia tantas pessoas alheias à cultura ocidental letrada - ou a qualquer forma de cultura ocidental. Segundo a Unesco, havia 0,111 jornal diário per capita no mundo em 1980 e apenas 0,095 em 1995; na África, o consumo de papel-jornal caiu de 1 kg per capita em 1970 para 0,7 em 1997 e em todo o mundo a qualidade se deteriorou muito mais que a quantidade. Talvez seja ainda mais surpreendente que, na década da globalização, até mesmo o crescimento da mídia eletrônica caiu brutalmente nos países periféricos: de 10% - 20% a.ª nos anos 80 para cerca de 2%-3% a.a. na década de 90. Isso não se deve à saturação do mercado: não só o número de aparelhos per capita ainda é quatro vezes menor do que nos países centrais (veja gráfico 1), como, de 1995 a 1997, o número de receptores de rádio per capita cresceu 3,5% nos países centrais (onde já há mais de um aparelho por habitante), contra apenas 2,9% nos periféricos (onde há menos de um por quatro habitantes). Aparentemente apesar de Hollywood obter mais de metade da sua receita fora do EUA, a concentração de renda resultante da globalização financeira já começa a minar as bases da globalização cultural.
O FIASCO As pequenas elites da periferia talvez tenham se ocidentalizado, mas o peso da civilização ocidental entre as massas do mundo é cada vez menor. Durante o que os historiadores europeus costumam chamar de belle époque (1900-1913), um terço da população mundial era constituído de europeus e norte-americanos que dominavam tranqüila e abertamente os outros dois terços (com a exceção única dos japoneses). Mas em 2000, enquanto o Brasil fazia 500 anos, a participação do Ocidente na população mundial caía para um sexto, a mesma que tinha a civilização européia antes dos descobrimentos - e o estrondoso fiasco das comemorações simbolizou muito bem quão menos tranqüila se tornou sua hegemonia, duramente questionada por índios e sem-terra. Como será na segunda metade deste século, quando sua participação cairá para menos de 10%? Dez por cento, vale ressaltar, de um mundo que terá então de 8 bilhões a 10 bilhões de habitantes - apesar de, segundo eminentes biólogos, não poder suportar mais de 1 bilhão a 2 bilhões de pessoas - com padrão de vida ocidental [2], o que naturalmente inspira o receio de que, de uma forma ou de outra, grande parte do mundo acabe compartilhando o destino da Rússia e da África (veja gráfico 2).
LIBERDADE? Em 1962, quando McLuhan disse que, no século 21, viveríamos numa "aldeia global'; ele e seus leitores provavelmente tinham em mente algo como uma bucólica vila holandesa ou uma pacata comunidade do Meio-Oeste norte-americano. Na realidade, se tentamos imaginar o que é a aldeia global hoje (veja mais adiante), veremos um minúsculo grupo que se concentra em seus computadores e celulares, enquanto tenta ignorar a mistura de favela de Calcutá com acampamentos de sem-terra do Brasil e do Zimbábue, que se espreme à sua volta. O núcleo da civilização se torna cada vez mais denso e rígido, mas suas bordas se esfarelam a olhos vistos. Os incluídos se tornam cada vez mais iguais entre si, mas os excluídos são cada vez mais diferentes, a ponto de que se torna cada vez mais difícil para os primeiros verem os segundos como humanos e entender que a recíproca pode ser verdadeira. O conceito de humanismo está perigosamente perto de ser esquecido, não por culpa dos seus críticos pós-modernos como Foucault ou Derrida, mas pelo esmagamento pelo mercado neoliberal das noções humanistas de igualdade e fraternidade outrora proclamadas pela civilização do Ocidente. Quanto à liberdade, a OMC a exige para os dólares e as mercadorias, mas não para as pessoas: no século 19, os povos das regiões empobrecidas da Europa e do Japão podiam emigrar em massa para as regiões mais favorecidas das Américas e de outros locais periféricos, mas o caminho inverso está cada vez mais bloqueado para os povos empobrecidos que buscam oportunidades em países mais afortunados.
OS PADRASTOS Porém, do ponto de vista da pura racionalidade econômica, esses países necessitam muito mais do imigrante que o imigrante deles. Na Itália, já há mais pessoas com mais de 60 anos do que com menos de 20. O número de filhos por mulher entre os europeus, os japoneses e os norte-americanos wasp já é menos do que dois: em meados deste século [3], metade dessas populações poderá ter mais de 55 anos e em duas gerações seu número total poderá se reduzir em 50%. É óbvio que isso pouco tem a ver com o temor da explosão demográfica e muito çom o desejo de ter famílias menores, ou mesmo nenhuma, para consumir mais de tudo aquilo que a mídia promove como infinitamente desejável, de congelados a DVDs (e, talvez, para dar ao filho único um padrão de consumo ainda mais alto). Pois, nesses países ao contrário do que acontece nos países mais pobres e já volta a ocorrer em nações semi-periféricas com sistemas previdenciários falidos, como o nosso -, todos sabem que sua sobrevivência na velhice não depende de filhos que os ajudem, mas sim de seus fundos de pensão e sistemas previdenciários. Porém, isso só é verdade do ponto de vista individual. Dada a evolução demográfica de seus países, se os idosos do Primeiro Mundo não quiserem morrer trabalhando, podem até dispensar filhos, mas precisam de jovens produtivos que trabalhem para manter o sistema previdenciário ou o lucro das empresas que alimentam os fundos de pensão. Fundos podem, em parte, ser sustentados por empresas e trabalhadores de países periféricos, mas os futuros idosos precisam que, migrando ou não, trabalhadores jovens do Terceiro Mundo os adotem como seus "padrastos"; voluntariamente ou não. Padrastos ingratos estes, que querem ser sustentados quando envelhecer, mas sem dar nada em troca a esses "filhos: Se estes ficam em seus países, só devem produzir aquilo que não interessa a seus "padrastos" vender, mas devem comprar tudo o que estes oferecem. Se mudam para sua vizinhança, são recebidos de má vontade e arriscam-se a ser expulsos no primeiro acesso de mau humor. Parte do povo da Áustria - com desemprego de 4,2%, invejável pelos padrões não só da Europa, como da maior parte do mundo - levou ao poder um partido neonazista, sem perceber que o Reich desapareceu para sempre e a Áustria de Joerg Haider nada importa para o equilíbrio de poder mundial, mas sua atitude pode encorajar o surgimento de um fascismo muito mais perigoso nas potências nucleares da Europa Oriental e da Ásia. A Suíça, com desemprego de 2,6%, o mais baixo do mundo, está a ponto de cometer tolice semelhante (veja gráfico 3).
SURPRESAS Visto de perto, o desemprego parece mais pretexto do que a causa principal do mal-estar dos cidadãos de países ricos. Então, por que a tal da "alteridade"? Será porque os imigrantes não seguem as tradições de seus antepassados? É um argumento curioso: talvez fosse surpresa para a rainha Vitória saber que, no início do século 21, 11 % dos britânícos seriam muçulmanos, 4% sikhs e 2% hinduístas (e que, se não fosse um acidente automobilfstico, os herdeiros de seu trono teriam hoje um padrasto muçulmano), mas ela certamente ficaria muito mais chocada ao saber como se vestem, como se comportam e o que pensam os descendentes mais diretos de seus súditos do século 19. Será porque há algo diferente na língua, na cor da pele ou na forma dos olhos? Mas nos conflitos da ex-Iugoslávia, que a imprensa convencionou chamar de étnicos; todos os povos em luta têm os mesmos cabelos loiros e olhos azuis e falam a mesma língua servo-croata: diferem apenas por seus antepassados terem sìdo levados pelos acasos da história para uma ou outra igreja. Aliás, nem sempre tão diferentes: quantos saberão explicar qual é exatamente a diferença entre o catolicismo dos croatas e a ortodoxia dos sérvios? Será que alguém realmente ainda acha tão importante decidir se o Espírito Santo emana do Pai e do Filho ou só do Pai? A coisa fica ainda menos convincente quando notamos que tantos italianos do Norte rejeitam os do Sul a ponto de se falar em criar um país separado, que muítos alemães ocidentais rejeitam os orientais a ponto de lamentar a reunificação - e, por falar nisso, que muitos brasileiros do Sul têm atitude semelhante em relação aos do Norte e Nordeste. É nesses casos-limite que a realidade finalmente se revela: trata-se de uma rejeição dos mais ricos (e dos não tão ricos que com eles se identificam) aos mais pobres, da recusa em compartilhar uma prosperidade que, quanto mais cresce, mais parece precária. Quem não está disposto a reduzir seu padrão de consumo para ter filhos de seu próprio sangue, muito menos fará sacrífícios para adotar "filhos" ou "ìrmãos" de outras partes do mundo - sem perceber que a alternativa não é fazê-los desaparecer de suas vistas, mas transformá-los em ìnimigos radìcaìs e ìmplacáveis.
IRRACIONAL Isso não quer dizer que as pessoas não acreditem que estão lutando por sua raça, por sua língua ou por sua religião. A auto-ilusão é irracional, mas pode ser muito poderosa: o mundo já viu um demagogo austríaco desperdiçar uma ìmensa popularidade e grandes êxitos econômicos e diplomáticos iniciais para levar seu povo à catástrofe em nome de uma propaganda racial absurda, mas que não só era a base de seu poder, como na qual, ao que tudo indica, realmente acreditava (mas talvez menos que muitos de seus seguidores). Também hoje temos pessoas altamente civilizadas que acreditam estar perdendo seu lugar privilegiado no mundo para "outros" e que poderão preferir condenar seus países à catástrofe (ou, na melhor das hipóteses, ao gradual envelhecimento e despovoamento) a abrir mão de uma parte de sua riqueza hoje para ter mais segurança e solidariedade amanhã - algo que povos muito mais primitivos costumavam saber fazer.
A CARA DA ALDEIA GLOBAL Mantidas todas as proporções, como seria o mundo se ele só tivesse 100 pessoas e pudéssemos reduzir a população do mundo a uma aldeia de 100 pessoas, mantendo todas as proporções reais, o resultado seria o seguinte... Assim começa um texto do médico norte-americano Phillip Harter que tem sido muito divulgado pela Internet (por exemplo, em http://lcsc.edu/amarshal/stuff/diversity.html). Embora tenha muito de verdadeiro, infelizmente também contém muitos dados inexatos, desatualizados ou mal-entendidos. Do ponto de vista econômico e social, o mundo está algo menos miserável do que ele sugere, mas não menos desigual e injusto; e do ponto de vista cultural e étnico é ainda mais surpreendente e diversificado. Eis aqui uma versão mais precisa e atualizada desse texto: Moram na aldeia 61 asiáticos (incluindo 2 japoneses e 1 dos tigres asiáticos), 6 europeus orientais, 6 europeus ocidentais, 5 norte-americanos e canadenses, 9 latino-americanos e caribenhos e 12 africanos; são 52 mulheres e 48 homens; 29 têm menos de 15 anos, 55 são camponeses, 2 são imigrantes. Ouanto ao tipo físico, 30 são mongólicos (incluindo 21 chineses, 2 japoneses e 2 turcos), 6 malaios, 3 mestiços de índios latino-americanos,1 índio, 9 negros africanos,1 negro norte-americano ou caribenho, 3 negros e mulatos latino-americanos, 18 brancos descendentes de europeus (provavelmente, 6 germânicos, 6 latinos e 6 eslavos), 4 árabes e berberes. 20 indo-iranianos, 4 drávidas (indianos do sul) e 1 etíope. A força de trabalho é de 41 membros: 23 trabaIham na agricultura (apenas 1 dos quais europeu ou norte-americano), 5 na indústria,10 em serviços e 3 procuram emprego. Dos que trabalham, 4 são crianças de 5 a 14 anos (2 delas trabalhando em tempo integral), 9 estão na economia informal, 15 são subempregados. Quinze vêm de países com renda alta, 26 (incluindo 3 brasileiros) de países com renda média e 60 de países de baixa renda (10 dos quais de países francamente miseráveis). Ouanto à religião, 17 são católicos, 3 ortodoxos, 1 cristão monofisita, 5 evangélicos tradicionais (1 batista,1 presbiteriano,1 anglicano,1 luterano e 1 metodista), 2 pentecostais, 2 cristãos sincréticos africanos,1 membro de outra igreja ou seita cristã (testemunha-de-jeová, mórmon, adventista. etc.), 2 cristãos não filiados a igrejas,19 muçulmanos (incluindo 3 xiitas e 2 sufis),15 hinduístas (10 devotos de Vishnu e 5 de Shiva), 6 budistas (4 mahayana e 2 theravada), 4 taoístas, 2 xamanistas, 2 adeptos de cultos africanos ou afro-americanos,1 membro de uma das novas religiões asiáticas (falun gong, tenrikyo, bahai, cao dai, seicho-no-iê, etc.), 1 de outra religião (provavelmente sikh, judeu ou espírita) e 17 sem religião (incluindo 4 ateus declarados). Apenas 40 comemoraram o réveillon de 2000: os outros 60 nem tomam conhecimento do calendário cristão. Oficialmente, 32 membros da aldeia deveriam saber inglês, 5 francês e 4 indonésio, mas na verdade a maioria não fala sua língua oficial. Na realidade, 21 falam chinês (15 dos quais o dialeto mandarim), 8 falam hindustani (6 o dialeto hindi e 2 o urdu), 8 inglês (mas 2 dos quais apenas como segunda língua), 6 casteIhano, 3 árabe, 3 bengali, 3 russo, 3 português, 2 japonês, 2 alemão, 2 panjabi e os outros 39 falam cada qual uma língua diferente. Dos maiores de 14 anos, 18 aprenderam bem ou mal a ler o alfabeto latino, 18 os ideogramas chineses, 6 um dos alfabetos indianos, 6 o alfabeto árabe, 5 o alfabeto cirílico e 3 outros alfabetos (tai, coreano, grego, hebraico, etc.), mas 15 (5 homens e 10 mulheres) são analfabetos. Das 13 crianças em idade escolar, duas estão fora da escola. Há sete jovens na escola secundária, mas s6 um na faculdade. Dos adultos alfabetizados, 6 fizeram curso superior e mais de 20 o segundo grau, mas pelo menos 15 tiveram, no máximo, 5 anos de escola. Na aldeia, há 42 rádios, 24 televisores, 12 veículos a motor 15 telefones fixos, 8 celulares e 6 computadores pessoais; são vendidos 9 jornais por dia. Quatro moradores (2 norte-americanos) têm acesso à Ínternet, 10 (6 europeus) viajam pata o exterior anualmente, 45 não têm privadas; 25 não têm agua potável; 20 moram em barracos e cortiços; 15 não têm assistência médica; 13 (incluindo 3 crianças) passam fome; 3 são refugiados de alguma catástrofe ou guerra,1 é HIV-positivo. Cinco dormem nas ruas; 2 dos quais menores. A aldeia tem renda per capita superior a US$ 5 mil, o que daria aproximadamente US$ 15 diários per capita. Porém, 25 vivem com até US$ 1 por dia (19 asiáticos, 4 africanos, 2 latino-americanos) e 25 com US$ 1 a US$ 2 por dia, enquanto 9 (3 norte-americanos, 3 europeus, 1 japonês,1 latino-amerícano e 1 árabe, chinês ou ináiano) consomem cada um mais de US$ 50 por dia e, juntos, mais de 70% dos recursos da aldeia. Um deles (sim, só um!), provavelmente norte-americano, ganha mais de US$ 500 por dia e possui metade de toda a riqueza da aldeia. Phillip Harter concluiu que, "quando se considera nosso mundo de uma perspectiva tão compacta, a necessidade de aceitação, entendimento e educação se torna evidente. Mas será suficiente ? A aldeia Brasil" seria muito semelhante à aldeia global. A renda per capita (em termos de poder aquisitivo real) é a mesma, a concentração de renda quase igual. Apenas há muito menos diversidade lingüística e cultural, o que traz o caráter fundamentalmente social da discriminação mais para a superfície e o torna mais visível. Para nós, como para o mundo como um todo, mais que entendimento, é preciso ação urgente.
Texto
produzido por LAFIS Pesquisa e Investimento em Ações
na América Latina
[1] Fonte: US Census Bureau, International Briefs: World Population Profile: 1996 [2] Paul Ehrlich, O Planeta sob Pressão - FSP, 2/7/1999 [3] Em 2025, a União Européia terá 113 milhões de aposentados; em 2030, 25% da população terá mais de 65 anos; em 2035, 36% da população alemã terá mais de 60 anos e seus aposentados absorverão 18,5% do PIB; em 2040, a França gastará 20% do PIB com aposentadorias (FSP, 25/II/99) |