O boicote contra os boiolóides difamadores continua repercutindo na imprensa e causando estrago no bolso das empresas que financiam a difamação do Povo Gaúcho.
NO BOLSO É RUIM
Por Hamilton Lima (*)
Demorou um pouco, mas os brasileiros estão aprendendo a tocar no ponto chave do processo capitalista: o bolso das empresas. Desde que o Brasil começou levou de quebra o conceito de país de bananas, pois era o que mais se encontrava por aqui, além dos gentis canibais e do pau-brasil, que durante trinta anos garantiu o emprego de centenas de portugueses. Aí os alemães inventaram tintas vermelhas, seguindo a linha científica dos alquimistas e o principal produto da terra foi esquecido. Levou algum tempo para a cana-de-açúcar surgir como fonte de renda e motivação para 'el rei'. Veio a revolução industrial e continuamos a engolir
os produtos estrangeiros, protegidos muitas vezes por baixas taxas de
importação, em detrimento do produto nacional, pouco competitivo. Agora surge no Rio Grande do Sul um
movimento nos moldes do que ocorre na Europa e Estados Unidos, visando causar
prejuízo financeiro a quem causa prejuízo moral. Ao invés de perderem tempo escrevendo cartas para a emissora reclamando sobre a falta de criatividade dos humoristas, que atingiram o máximo de sua inteligência com piadas sobre gaúchos, o movimento tem um cunho mais inteligente: derrubar os anunciantes do programa, pedindo para a população evitar as marcas que financiam um programa enjoado e pretensioso. Pela internet circulam todos os anunciantes do programa, e o grupo de internautas apenas sugere que se troque de canal em toda a região sul e boicote os produtos de empresas como as que fabricam o sabonete Albany, sabão em pó Ace, Ariel, Sharon, cerveja Brahma, Brasil Telecom, Tim celular, creme dental Close-Up, biscoito Club-Social, Ford Fiesta, Peugeot 206 Techno, Nescafé, Parmalat, Volkswagen, a agência de propaganda AlmapBBDO, entre outras. Segundo os organizadores do movimento
alguns produtos começaram a perder mercado no Rio Grande, já que a campanha
estimula o consumo dos produtos regionais também. Se o movimento pegar, o
'Casseta e Planeta' é que vai sentir, no 'bolso'. (*)
Jornalista e professor do curso de Comunicação Social da Faro
Publicado nos jornais:
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