REVISTA "ISTO É" DESVIOU R$ 3 MILHÕES DA SUDAM
12 de Agosto de 2001

A Editora Três, responsável pela publicação da revista "Isto É", desviou, segundo denúncia feita pelo deputado Mário Frota (PDT- AM), 2,9 milhões de reais de um projeto financiado pela Sudam. Segundo o deputado, a editora teria recebido R$ 3,4 milhões para a construção de uma fabrica de fitas de audio e vídeo com sede em Manaus mas resolveu desviar R$ 2,9 milhões dessa verba para fazer um empréstimo irregular aos seus acionistas, Texaco do Brasil S/A, Comunicação 3 Ltda e Sérgio Cremaschi Sampaio.

"A Editora Três não fabricou uma fita sequer em Manaus. Eles não aplicaram o dinheiro da Sudam em nada e não se sabe onde está a fábrica. Mas a bolada de dinheiro eles receberam. E foi para os sócios", afirmou Frota. O relatório produzido pelos fiscais da Sudam, Mário Jorge Vasconcelos conceição e Charles Michel Salame, encarregados da investigação, constatou as falcatruas e enquadrou o projeto da IstoÉ como irregular.

Segundo os fiscais, a empresa nunca produziu fitas de audio e de vídeo ou fabricou produtos gráficos. Na última fiscalização do órgão foi constatada outra irregularidade: o dinheiro destinado à terraplanagem do terreno onde seria construída a fábrica - R$ 330 mil - também foi desviado pela Editora. Foi dado um prazo para a devolução do dinheiro roubado, mas até agora nenhum centavo foi devolvido aos cofres públicos.

A revista ISTO É é a mesma que, na edição 1599, de 21 de Maio de 2000, em matéria assinada por Marina Caruso e Valéria Propato e intitulada "Drogas na rede", a pretexto de "denunciar" a venda de drogas pela internet, fez, na verdade, extensa apologia ao uso de drogas, ensinando detalhadamente o meio pelo qual qualquer pessoa pode obter drogas via internet. Leia a matéria e comprove você mesmo.

Fonte: Baseado no Jornal Hora do Povo de 14 de Agosto de 2001.

 



CITAÇÃO RANDÔMICA

"José Sarney, presidente da República e eventualmente cumprindo a tarefa de office boy de Roberto Marinho, como no caso NEC-Garnero-Machiline, baixou dois decretos em favor da Globo, dos doleiros, dos contrabandistas e dos donos do dinheiro sujo, dizendo, nada mais nada menos do que o seguinte: quem tiver contrabando dentro de casa e quiser regularizar antes que seja escrito o 'Inside Globo' [livro de Roméro da Costa Machado] é só regularizar que o governo garante. E quem tiver dinheiro frio de tóxicos, jogo, contrabando, sonegação de toda e qualquer natureza e que eventualmente possa ser denunciado no livro 'Inside Globo', pode esquentar o dinheiro frio pagando apenas 3% (três por cento), e estamos conversados."

"... a Globo, sentindo a gravidade das denúncias, encomendou ao seu 'presidente' de algibeira, que por 'coincidência' era só e tão somente o 'presidente' da república Sr. José Ribamar, também conhecido como José Sarney, que livrasse a Globo de todo o dinheiro frio de trambiques, caixa dois, dólares ilegais, etc. (...) ao custo de 3%, que é muito menos que os 10% da corrupção institucionalizada (...) e desta forma, de duas penadas o 'presidente' da república 'legalizou' dois crimes da Globo: dinheiro frio de origem escandalosa e criminosa; e contrabando."

Roméro da Costa Machado, no livro "Afundação II - Uma biografia de corrupção", editora Meus Caros Amigos, 2ª Edição, 1992.