José Sarney, presidente
da República e eventualmente cumprindo a tarefa
de office boy de Roberto Marinho, como no caso NEC -
Garnero - Machiline, baixou dois decretos em favor da
Globo, dos doleiros, dos contrabandistas e dos donos
do dinheiro sujo, dizendo, nada mais nada menos do que
o seguinte: quem tiver
contrabando dentro de casa e quiser regularizar antes
que seja escrito o "Inside Globo" é
só regularizar que o governo garante. E quem
tiver dinheiro frio de tóxico, jogo, contrabando,
sonegação de toda e qualquer natureza
e que eventualmente possa ser denunciado no livro "Inside
Globo", pode esquentar o seu dinheiro frio pagando
apenas 3% (três por cento), e estamos conversados.
Os decretos do "presidente"
(o termo é esse?) foram publicados juntamente
com o lançamento do "Afundação
l", julho de 1988, coincidindo (coisa que só
acontece com a Globo e com as melhores famílias
brasileiras) com as sinopses das páginas 261
e 262 - Cenas dos próximos livros.
Nota -
É fundamental que se determine o real alcance
do caso. Em fins de 1987 enviei sinopse da Trilogia
Global à Rede Globo. E no início de 1988
o livro começou a ser composto pela [Editora]
Tchê. Nesse meio tempo a Globo, sentindo a gravidade
das denúncias, encomendou ao seu "presidente"
de algibeira, que por "coincidência"
era só e tão-somente o "presidente"
da república Sr. José Ribamar, também
conhecido como José Sarney, que livrasse a Globo
de todo o dinheiro frio de trambiques, caixa dois, dólares
ilegais e etc. E nesse sentido o "presidente"
do Brasil, em sua subserviência de serviçal
obediente, decretou que tudo que era frio poderia ser
esquentado ao custo de 3% (três por cento), que
é muito mais barato do que os 10% da corrupção
institucionalizada e dos mais de 15% [em 1988; em 2001 este percentual chegou
a 27,5%] que a classe média
paga de imposto de renda.
Igualmente, em relação
aos contrabandos da Globo, que iriam ser denunciados
em livro, o "presidente" José Sarney
cuidou para que a Globo saísse ilesa dessa acusação
comprovada. Pois esse "presidente" democrata
decretou que quem tivesse contrabando em casa (e era
caso específico da Globo) poderia legalizá-lo
sem passar constrangimento de ser denunciado por isso.
E dessa forma, de duas penadas o "presidente"
da república "legalizou" dois crimes
da Globo: dinheiro frio de origem escandalosa e criminosa;
e contrabando.
Em contrapartida o tal "presidente"
do Brasil recebeu como prêmio:
- uma vaga na Academia Brasileira
de Letras como "intelectual";
- o arquivamento escandaloso
da CPI da Corrupção que envolvia diretamente
Sarney e Saulo Ramos;
- um mandato de cinco anos
e mais benesses maranhenses em Pinheiros e em sua
ilha de tranquilidade;
- e um festival de corrupção
com a maior distribuição de estações
de rádio e de televisão que o País
já havia visto.
(...) grande parte dos crimes
da Globo passaram a ficar legalizados por um "presidente"
(mais um) usado e manipulado pela Globo, como tantos
outros que se prestaram a ser atores coadjuvantes de
script Global.
Não será difícil
entender, a partir daí, como se manipula homens
públicos, como se subjuga "autoridades",
como se pratica escroqueria e como está montado
o maior esquema de corrupção do País
que vem do mais alto cargo do País ao mais rastaqüera
dos funcionários num exemplo vivíssimo
e atual de tudo que estava para ser denunciado em livros
futuros e que, agora, mediante esses exemplos, ficam
mais robustecidos do que nunca. |