A CAMPANHA DAS DROGAS... 06 de Maio
de 2001
Na parte neo-imbecilizada deste planeta está
sendo divulgada, desde meados dos anos de 1990, uma intensa e ininterrupta
campanha de propaganda sobre as drogas. São mensagens divulgadas
através de todos os veículos de comunicação
disponíveis, como rádio, jornais, gigantescos painéis
publicitários e, especialmente, através da televisão.
Os horários e espaços mais nobres são ocupados
e artistas de renome são contratados a preço de ouro,
enfim, toda uma parafernalha propagandística está
em ação. Não se sabe ao certo de onde vêm
a fabulosa soma de recursos financeiros para esta colossal máquina
de propaganda, sabe-se apenas que ela existe e, realmente, conseguiu
atingir o objetivo para o qual foi criada.
Os telejornais, que no Brazil constituem o
meio pelo qual os donos do poder enviam as suas ordens à
população escravizada, exibem, quase que diariamente,
gigantescas reportagens sobre as drogas, os viciados e assuntos
correlatos. Este assunto é mantido em evidência de
forma ininterrupta. "Denunciam", à exaustão,
quais são as drogas vendidas, onde são vendidas, o
preço, quais os efeitos que provocam, como devem ser, digo,
são consumidas ou aplicadas. Os repórteres circulam
nos redutos do tráfico com uma desenvolvura raramente observada,
tem-se a impressão, até, de que estão entre
sócios ou amigos íntimos. Entrevistas exclusivas com
traficantes "da ativa" são rotineiras. Rotas de
transporte de drogas utilizadas por traficantes concorrentes, digo,
utilizadas por traficantes são denunciadas, seguidamente
acompanhadas de grandes "reportagens investigativas" que
mobilizam dezenas de "jornalistas" por vários meses,
envolvem aluguéis de aviões e outros recursos dispendiosos,
que nos dão uma idéia dos fabulosos lucros que cercam
o comércio de drogas, digo, da grande "preocupação
dos jornalistas com a questão das drogas" (risos). Enfim,
denunciam tudo o que é necessário para que a população
conheça, com minúcias, o mundo das drogas.
O aparecimento de novas drogas é "denunciado"
com regularidade invejável. O uso de dois ou mais "produtos"
ditos lícitos (inibidores de apetite, anabolizantes, ...)
que, combinados, possuem efeito de entorpecente possuem um
fascínio especial. Os "jornalistas" brazileiros
jamais esquecem de denunciar os nomes comerciais destes "produtos"
(para que a população não os compre... [risos]),
como não devem ser combinados (para que a população
não os produza... [risos]) e como não devem ser consumidos
- fumados, cheirados, injetados, ... - (certamente para que a população
não os consuma... [mais risos]).
No dia 02 de Maio de 2001, no Jornal Nacional,
da Rede Globo, de propriedade do Roberto Marinho, homossexual (¹)
e dono da mente dos brazileiros, mais uma reportagem sobre drogas
foi levada ao ar. Os jornalistas do serpentário robertomarinhesco
"denunciaram" que nos Estados Unidos um remédio
para a dor está sendo usado por viciados como entorpecente.
Fizeram algumas entrevistas e, por fim, o principal, "denunciaram"
que este remédio é vendido no Brazil com os nomes
comerciais de Oxicontin e N-oxy (ou algo parecido). Assim, em breve,
na republiqueta brazileiresca, teremos mais uma nova classe de viciados,
os viciados em remédios contra a dor...
PROPAGANDA: A ALMA DO NEGÓCIO
O comércio de drogas é, de longe,
o mais lucrativo do planeta. Os custos de produção
representam apenas 0,5% do preço de venda, enquanto o transporte
custa 2,5%, inclusos aí perdas por apreenções
eventuais. Em outras palavras, o lucro é de 97% do preço
de venda, ou mais de 19400% sobre o preço de produção.
Este negócio fabuloso certamente não poderia escapar
às garras da corja neo-globalizante-imbecilizante que, "coincidentemente",
também controla a mídia.
Assim, temos o casamento perfeito entre a
mídia e o comércio de drogas, ou seja, do maior veículo
de promoção de consumo já criado com o do negócio
mais lucrativo do mundo. Nada mais lógico.
Além disso há o lucro político,
gerado pelo magnífico fomento do caos social, que impede
a sociedade de voltar-se para os seus verdadeiros problemas, aliás,
a impede até mesmo de reconhecer quais são os verdadeiros
problemas, gerando ainda mais alienação e imbecilização.
Que por sua vez permitem que mais falcatruas, roubos (incluindo-se
aí as famosas privatizações), planos de domínio
mundial, etc. sejam realizados de forma mais intensa. É um
ciclo vicioso... Não obstante o uso de drogas transformou-se
numa poderosa forma de "fuga" de uma realidade implacavelmente
opressora, conforme já denunciou Júlia Falivene Alves
(²).
Os resultados deste casamento perfeito é
facilmente observável. Até as pequenas cidades, onde
até há pouco só se ouvia falar sobre drogas
na TV, estão mergulhadas no caos neo-imbecilizante das drogas.
A sociedade (especialmente a brazileira) ludibriada e imbecilizada,
atingiu um inacreditável estágio de desorientação,
acreditando que os seus grandes carrascos são os salvadores.
A seguir são reproduzidas algumas matérias
do jornal independente Hora do Povo, sobre o assunto, e que nos mostram que aqueles que
supostamente combatem e criam leis contra o tráfico e consumo
de drogas são, na verdade, os grandes agentes do negócio.
Hora do Povo, 10/Nov/2000
Flagrados
os narcolordes
São
22 focos de cafungagem de pó no parlamento, constata
o "Sunday Times"
Investigação
feita por repórteres do jornal inglês "The
Sunday Times" revelou que o parlamento inglês
está infestado de drogados. Foram encontrados
22 restos de cocaína nos banheiros das duas casas
do parlamento britânico, inclusive no bar da Câmara
dos Comuns. Mas a maior quantidade de droga por metro
quadrado foi encontrada na Câmara dos Lordes (câmara
alta), onde os repórteres acharam 50 miligramas
de cocaína que, nas ruas, custa cerca de duas
libras. O "Sunday Times" fez a busca em 15
prédios públicos, mas só achou
o pó no parlamento. Como são chegados
numa intervenção, o Blair podia pedir
ao cupincha McCaffrey para preparar um "Plano Londres". |
Hora do Povo, 10/Nov/2000
Cocaína
no Reichstag
Mas não
é só na Inglaterra. Duas semanas antes,
o TV alemã SAT1 divulgou matéria comprovando
ter encontrado vestígios de cocaína nos
banheiros do parlamento alemão, o Reichstag. |
Hora do Povo, 03/Out/2000
Czar
antidrogas ianque lavava dinheiro da cocaína
que sua mulher traficava
O
coronel James Hiett, ex-chefe militar dos EUA nas operações
"contra o narcotráfico" na Colômbia,
foi condenado a 5 meses de prisão, depois de
reconhecer seu envolvimento com o tráfico de
drogas da região para os EUA. A mulher do ex-comandante,
Laurie Hiett, foi presa no verão de 1999, quando
que ela traficava cocaína para os EUA, através
da mala diplomática e de pacotes postais.
Enquanto
sua esposa se dedicava a tão pouco edificantes
atividades, o coronel ianque chefiava os 200 oficiais
que o império instalou na Colômbia com
a missão de "treinar os militares colombianos
e dirigir a luta contra o narcotráfico".
James
Hiett operava em seu escritório na embaixada
norte-americana, resguardado pela sua imunidade diplomática.
No primeiro momento, o coronel disse que não
sabia de nada. Laurie, sustentou. "Nunca contei
ao meu marido o que eu fazia", declarou várias
vezes a contrabandista, já conhecida pelas histórias
que divulgava, como aquela em que assegurava acreditar
que os pacotes de cocaína que transportava continham
chocolate, livros e café colombiano.
Recentemente,
depois de negar durante 9 meses qualquer responsabilidade,
Hiett reconheceu que ajudou sua esposa a lavar o dinheiro
que ela ganhava no seu lucrativo "trabalho".
Guardava na caixa forte de seu escritório milhares
de dólares. Depois, o eficiente e dedicado chefe
americano na luta contra o narcotráfico, ia depositar
pessoalmente esse dinheiro em contas bancárias
dos EUA, sempre em pequenas quantidades para evitar
suspeitas e driblar os requisitos legais.
O
processo, que foi iniciado por um casual flagrante em
Miami, rendeu ao coronel "especialista na luta
contra o narcotráfico", a ridícula
pena de 5 meses de cadeia. Trata-se de uma pequena amostra
da firmeza com que o governo ianque pune os traficantes
de drogas. |
Hora do Povo, 03/Out/2000
Traficantes
desembarcam tropas na Colômbia, Paraguai e Equador
Intervenção
militar dos EUA nada tem a ver com o combate às
drogas, mais sim com a monopolização ianque
do tráfico e seu real objetivo é dominar
uma das regiões mais ricas do planeta: a Amazônia
brasileira
As
recentes operações militares dos EUA no
Paraguai expõem a intervenção crescente
daquele país na América Latina, em especial
em torno das fronteiras brasileiras.
Hoje,
as tropas americanas, além do Paraguai, estão
na Colômbia, no Peru, além da base de Manta,
no Equador. Aproveitam-se dos capachos locais: os Macchi,
Fujimori e outros. Quanto ao capacho daqui, Fernando
Henrique, pela primeira vez um governo nem ao menos
protestou contra uma ameaça às nossas
fronteiras.
Evidentemente,
o suposto combate ao tráfico de drogas é
um pretexto tão esfarrapado para a intervenção
que ninguém - exceto, talvez, alguns débeis
mentais - o leva a sério. Mais ridículo
do que o pretexto, somente a ação dos
supostos combatentes antidrogas americanos. Recentemente,
a esposa do coronel que comandava as tropas "antidrogas"
dos EUA na Colômbia foi presa: a citada senhora
traficava cocaína através do malote da
embaixada americana, articulada com uma quadrilha em
seu país (ver matéria nesta página).
Segundo declarou, "meus melhores clientes eram
da CIA e do FBI".
ENTREGA
VIA EMBAIXADA
Além
disso, quem afundou o Vietnã do Sul, o Laos e
o Camboja no tráfico de drogas, senão,
precisamente, as tropas norte-americanas?
Naturalmente,
a intervenção militar dos EUA nada tem
a ver com o combate às drogas. Tem mais a ver
com a monopolização americana do tráfico.
Em nenhum lugar do mundo, aliás, os americanos
combateram o tráfico. Ao contrário, não
foi somente na Indochina que eles fomentaram o comércio
ilegal de entorpecentes e as quadrilhas que exploram
esse comércio.
Na
própria Colômbia, foi a ação
norte-americana - comercial e militar - que destruiu,
a partir da década de 60, a cultura do algodão,
obrigando os camponeses, principalmente indígenas,
a substituí-la pela coca, que se tornou rentável
devido ao consumo de cocaína nos EUA. A intervenção
militar daquela época tinha o objetivo de esmagar
a guerrilha. Provocou um banho de sangue, um genocídio
entre os índios - muito bem relatado em "Assim
Seja Feita a Vossa Vontade", obra de dois jornalistas
norte-americanos -, e não conseguiu nada contra
a guerrilha das FARC e do ELN.
As
FARC e o ELN, que hoje governam mais de 30% da Colômbia,
são as únicas instituições
da Colômbia que combatem o narcotráfico
e os narcotraficantes, substituindo, nas suas áreas,
o cultivo da coca por outros. Quem o admitiu foi o próprio
Pastrana, serviçal dos EUA que ostenta o título
de presidente do país.
PETRÓLEO
PARAGUAIO
A
intervenção americana tem o real objetivo,
apenas, de dominar uma das regiões mais ricas
do planeta: a Amazônia. De quebra, controlar outras
regiões também de interesse estratégico:
por isso arrumaram um pretexto para intervir no Paraguai,
país produtor de petróleo, a cavaleiro
das vias fluviais navegáveis do coração
da América do Sul - e fronteiriço ao Pantanal
brasileiro.
Se
o governo americano quisesse combater realmente as drogas,
teria um vasto campo para exercer essa atividade: o
território dos Estados Unidos, maior consumidor
de drogas ilícitas, maior financiador do narcotráfico,
maior lavanderia do dinheiro ilegal do narco-banditismo
e país em que é maior o comércio
e a ação das quadrilhas que se dedicam
a vender drogas.
Mas
é exatamente dentro dos EUA que o seu governo
não se interessa por combater o narcotráfico.
Limita-se a ações cosméticas, basicamente
algumas encenações para a televisão.
Ao contrário, esse governo e suas agências
- a CIA e outras - usam sistematicamente o tráfico
de drogas e os traficantes: do ópio, matéria-prima
da heroína, transportado pela CIA, através
da Air América, no Laos; dos assassinos mercenários
na Nicarágua, financiados pelo tráfico
de cocaína; do crack introduzido nos bairros
negros - e no mundo - também pela CIA; a lista
do conluio e uso do narcotráfico pelo governo
norte-americano só não é infinita
porque é pouco provável que não
tenha fim.
EUA:
MAIOR CONSUMIDOR
Além
disso, apenas a folha da coca dá em árvores,
não a cocaína. Para transformar uma na
outra é preciso um processo de refinação
cujos ingredientes químicos principais são
acetona e éter. Quem fornece essas substâncias
aos refinadores de cocaína são os EUA.
Segundo a própria DEA, agência do governo
norte-americano supostamente com a função
de combater o tráfico, 70% da acetona usada na
Colômbia e um terço do éter vêm
dos EUA. Apesar de saber disso, a DEA não tomou
nenhuma providência para combater o tráfico
de acetona ou éter por parte dos americanos.
O dado, aliás, é subestimado - a origem
americana dos produtos químicos usados pelos
refinadores de coca chega, na verdade, perto de 100%.
O
narcotráfico é um grande negócio
para os traficantes e bancos norte-americanos. Cerca
de 75% dos lucros ficam com as quadrilhas dos EUA, que
distribuem as drogas aos consumidores - 80% deles americanos
ou moradores nos EUA, que dão conta de 60% das
drogas ilegais de todo o mundo.
TRÁFICO
IMPUNE HÁ 12 ANOS
A
lavagem de dinheiro do tráfico por bancos americanos
- em território americano - é uma operação
de algumas centenas de bilhões de dólares.
O governo americano também jamais se preocupou
com essa lavagem - exceto em, uma vez ou outra, para
prender alguns pés-de-chinelo, sem maior importância.
Não
por acaso, portanto, desde 1988 - há longos 12
anos - não há nos EUA uma só condenação
pela Lei de Tráfico e Controle de Químicos.
Quanto
à maconha, pretexto para a atual intervenção
de marines no Paraguai, desde 1994 o Departamento de
Agricultura dos EUA reconheceu que o maior produtor
do mundo são... os EUA, onde a produção
sofisticou-se a ponto de incluir a manipulação
genética, com a criação de variada
gama de tipos artificiais para aumentar o teor de substância
entorpecente ativa. Não se criam variedades de
maconha transgênica em cultivos de fundo de quintal
ou num recanto remoto do Paraguai - e sim em Nova Iorque,
Washington, San Francisco, em laboratórios governamentais
ou universitários dos EUA e outros lugares mais
apropriados.
A
intervenção militar americana tem a ver
com os ricos territórios da América do
Sul. O problema deles - impossível de resolver
- é que em toda a América Latina cresce
a onda contra o capachismo e a espoliação,
onda que será incontível dentro de pouco
tempo.
A
Colômbia está em guerra civil - e dentro
de suas próprias Forças Armadas é
inevitável que cresça a insatisfação
e a revolta contra o atual estado de coisas. O Equador
está à beira da insurreição,
com o exército cada vez mais ligado ao povo,
isto é, à pátria. O Peru, país
do general Alvarado, chefe de um dos governos populares
mais firmes da história do continente, também
rebela-se. O Paraguai caminha para o defenestramento
dos capachos - e sua maior liderança é
um general do exército. A Venezuela, maior exportador
de petróleo para os EUA, já tem um governo
popular e patriótico.
E,
sobre o Brasil, os brasileiros e suas Forças
Armadas, não precisamos aqui falar. É
conhecida a posição de nossas lideranças
civis e militares - o território brasileiro é
do Brasil e de seu povo.
CARLOS
LOPES
|
O trecho a seguir foi retirado do livro "Afundação
II", de Roméro da Costa Machado, e fala sobre o tráfico
e consumo de drogas no serpentário robertomarinhesco:
AS DROGAS E A GLOBO
E
para mostrar que eu não mandava recado ou bilhete
anônimo, publiquei: "Quem fornece droga para a TV Globo" e o "Padrão Globo de
Gangsterismo",
onde eu citava, publicamente, algumas das placas aqui
relacionadas e questionava a ligação da
cúpula da Globo com o crime, com a sonegação
e, principalmente, com o tóxico, citando casos
públicos, notórios, assumidos, tais como:
"Cazuza,
filho de João Araújo, sócio do
Roberto Marinho na Som Livre (sigla-Sigem), declarou,
publicamente, em São Paulo que estava pele e
osso por causa do tóxico, e se fizessem uma "presença"
ou "batessem uma carreirinha" ele encarava
fácil. (Isto é do tempo em que ele ainda
se permitia à arrogância e prepotência,
e achava que sua vida particular era indevassável.
Não assumia a Aids e ameaçava quem dela
falasse. Depois... não teve mais como esconder
a Aids e aí "dedou" o Lauro Corona
naquela memorável entrevista à Veja, esquecendo-se
de que a vida do Lauro Corona era, também, indevassável.)"
"Declarou
(Cazuza), inclusive, à pluripatriótica
Veja que fora "preso" (entre aspas) por consumo
de drogas, sem jamais ter sido efetivamente preso e
condenado por isto. (Pai e amigos são para estas
coisas.)"
E
enumerando os fatos públicos em que a Globo esteve
envolvida com drogas: "A Globo é um antro
de tóxico e toxicômanos". (Declaração
de Sílvio Santos.) "Boni, chefão
da Globo, na bandeja das drogas" (Manchete da Tribuna
da Imprensa quando estourou a "operação
bandeja" em que o nome do Boni aparecia em destaque.
E durante o flagrante em José Malta, dono nominal
da Transenge, empresa que fazia o transporte para o
Globo com exclusividade, que ao ser preso declarou:
"Na Globo todo mundo cheira. Vocês não
vão encontrar nada aqui no meu apartamento, pois
eu e o Boni cheiramos tudo.") "Walter Clark
então diretor da emissora, servia cocaína
em sopeira aos convidados em suas festas." (Declaração
do jornal Pasquim.) "Daniel Filho não cheira
cocaína ou outro pó de espécie
alguma. Ele come cocaína. Isto é a coisa
mais conhecida dentro e fora da TV Globo. Esta cocaína
tem que vir de alguma parte. Tem que ser comprada e
vendida. Como ele (Daniel Filho) come essa cocaína
até em público, a coisa mais fácil
do mundo é fazer um exame nele, para que ele
diga quais são os seus fornecedores. 96% da cúpula
da Globo abusam da droga." (Hélio Fernandes)
"O
tóxico somente será combatido, eficientemente,
quando desmoronar o castelo que se formou na Polícia
Federal, tal qual o castelo do funesto GAS (Grupo Anti-Seqüestro)
que na verdade era um grupo que controlava os sequestros
(em proveito próprio). Só quando a polícia
subir o morro sem a determinação de 'sem
sobreviventes e sem testemunhas', e deixar que os traficantes
apontem seus clientes, inclusive os da polícia.
Somente quando a polícia (principalmente a Federal)
descobrir quem vende tóxico para a Globo e para
a alta sociedade. Somente quando a Polícia Federal
for higienizada e parar de considerar a Globo acima
do bem e do mal".
"E
como a Globo pode ser considerada acima do bem e do
mal se sai um malote de cocaína da Globo Rio
para a Globo Nova York e esse malote sai da sala ao
lado da de Roberto Marinho. Sai da sala da secretária
do dono absoluto da Globo. E foi preciso o FBI pegar
a remessa de tóxico via malote, pois se dependesse
da Polícia Federal jamais teria descoberto a
Globo".
"Durante
a operação mosaico (uma das maiores operações
de combate a drogas do País) a Globo filmou tudo,
desde a assinatura dos mandados pelo juiz (que deveriam
ser sigilosos), até os flagrantes dados pêlos
policiais, num reconhecimento explícito de que
a Globo
está, para a polícia e a Justiça,
acima do bem e do mal."
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MISSÃO CUMPRIDA
Abaixo, informações das agências
Associated Press, EFE e France Presse nos permitem verificar que
o principal objetivo da "campanha das drogas" foi plenamente
atingido. Cerca de quatro anos após a "campanha das
drogas" ter sido iniciada o tráfico e consumo de cocaína
duplicaram.
8 de setembro de 2000
Tráfico e consumo de cocaína
duplicaram Conferência mundial
no México revela que droga apreendida mais do
que dobrou desde 96
ACAPULCO, México - Nos últimos cinco
anos, o tráfico e o consumo de cocaína
aumentaram drasticamente no mundo e a polícia
internacional passou a ter mais dificuldade para acompanhar
a sofisticação tecnológica dos
narcotraficantes. Esses dados foram apresentados na
6ª Conferência Mundial sobre Tráfico
de Cocaína, inaugurada quarta-feira em Acapulco,
no México.
O diretor de Informação Criminal da
Polícia Internacional (Interpol), Paul Higdon,
informou no ano passado foram apreendidas 350 toneladas
da droga em todo o mundo, mais do que duas vezes o total
de cinco anos atrás (151 toneladas). O montante
confiscado representa cerca de 20% do total contrabandeado
mundialmente.
O tráfico movimenta por ano US$ 500 bilhões,
valor só superado, entre os negócios ilícitos,
pelo contrabando de armas, o mais lucrativo do planeta.
Os EUA são o principal consumidor de cocaína,
absorvendo cerca de 300 das 500 toneladas que se calcula
sejam produzidas por ano na América do Sul, predominantemente
na Colômbia. Higdon salientou que, apesar dos
esforços e êxitos no combate ao narcotráfico,
sua expansão em nível mundial "representa
um contínuo desafio para as forças da
ordem em todos os continentes".
As organizações criminosas têm
agora mais recursos, são mais poderosas e possuem
maior capacidade de adaptação. Elas enviam
pelo menos 2,5 milhões de mensagens via Internet
para coordenar suas atividades. "Esses grupos têm
à sua disposição todo um conjunto
de aliados, armas e tecnologia que lhes permite dominar
o mercado de drogas como nunca se imaginou", disse
Higdon.
A funcionária da Interpol Julia Videma admitiu
que os narcotraficantes estão sempre à
frente da polícia em nível tecnológico.
"Sempre vai ser uma corrida, porque eles têm
mais dinheiro, mas nós vamos investir mais para
ficar logo atrás deles." Outro aspecto destacado
na conferência foi a reestruturação
das organizações colombianas depois do
desmantelamento dos cartéis de Cali e Meddelín.
Atualmente, a produção está em
mãos de pequenos grupos nas cidades de Armenia
e Pereira, e no Vale do Cauca - na costa colombiana
-, em Bogotá, Santanderes e Antióquia.
O procurador-geral do México, Jorge Madrazo,
abriu a conferência enfatizando que os EUA precisam
reduzir o consumo de cocaína - usada por cerca
de 10,5% de sua população - , porque,
enquanto no país se gastar cerca de US$ 56 bilhões
por ano com a compra da droga, o problema do tráfico
não será resolvido.
O procurador mexicano conclamou os participantes
a reforçarem a cooperação internacional
no combate ao consumo e ao tráfico, pois o problema
é mundial.
Higdon, da Interpol, lembrou que a diferenciação
entre países consumidores e produtores não
tem sentido e não leva a nada. "Todos temos
trabalho por fazer", afirmou.
De acordo com estudos divulgados ontem pela Interpol,
cerca de 3,8% da população canadense consome
a droga, 3,3% da espanhola, 1,4% da mexicana e 1,1%
da francesa.
Jornal O Estado de São Paulo
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(¹) Conforme Roméro da
Costa Machado, nos livros "Afundação Roberto
Marinho" e "Afundação II".
(²) No livro "A invasão
cultural norte-americana", Editora Moderna, 1988.
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