O SURGIMENTO DA BANDEIRA
REPUBLICANA GAÚCHA
Existem várias obras que
nos remetem em busca da verdade histórica. Muitas equivocadas.
. . Outras omissas quanto a fatos. Temos, porém, uma obra
completa em torno do tema "Revolução" e
"Guerra Farroupilha": Alfredo Varella em 'História da Grande Revolução'. Editada em 1933 pela oficina e livraria do Globo.
São seis Tomos históricos, com o cerne pragmático
de conteúdo transcrito em páginas amareladas pela
própria história. É no Tomo
I I I, pg. 345 e verso que observamos
o seguinte (transcrição original):
"Acta da sessão extraordinária.
- Aos seis dias do mez de novembro de mil oitocentos
e trinta e seis, primeiro da independência do
ESTADO RIOGRANDENSE, nesta villa de Piratiny, ás
nove horas do dia, reunidos os vereadores, os srs. Verde,
Silveira, Moraes, Corrêa e Cacorio, com a presidência
do sr. Oliveira, foi aberta a sessão.
(....................................................)
Comparecendo na sala das sessões o exmo.
sr. presidente Jose Gomes de Vasconcelos Jardim, nas
mãos do sr. presidente da camara prestou juramento,
e em seguida nas mãos do mesmo exmo sr. prestou
juramento o presidente da camara e nas mãos
deste todos os srs. vereadores, officiaes e mais cidadãos,
cujos juramentos se acham transcriptos no livro competente.
(....................................................)
Os cidadãos do novel Estado soberano dirigem-se,
numa compacta, jubilosa columna, ao templo unico da
localidade, de construcção ainda incompleta,
vendo-se á testa de quantos ali marcham compassada,
commovidamente, a imponentissima figura de 'Joaquim
Teixeira Nunes, major do corpo de lanceiros' , que tivera
a honrosa incumbencia de conduzir o 1º vexillo
do Riogrande livre. Como o archanjo do divino
Milton, da radiante haste prestes desdobra e extende
a nova insignia: tremula altaneira, ao bafejo das auras,
tremula e lucíla, como um meteoro em fosco céu,
" A BANDEIRA REPUBLICANA. APARECE
EM PÚBLICO EM FIM, A QUE ZAMBECCARI DESENHARA,
ANNOS ANTES, EM BUENOS AIRES, A PEDIDO INSTANTE DE SEUS
AMIGOS CONTINENTISTAS."
(....................................................)
Além disso, porém, teve organisação
o ministerio, que ficou assente compôr-se de seis
repartições distinctas, referndando Domingos
José de Almeida, o titular da pasta do interior,
unico até ahi nomeado e empossado, o primeiro
decreto legislativo; id est, o que fixou as formalidades
indispensaveis nos diplomas emanaveis do governo da
República. Só dous dias depois,
completo o gabinete, com a entrada de José Mariano
de Mattos, para a secretaria de guerra, e de José
Pinheiro de Ulhôa Cintra, para a da justiça,
aos quaes se determinou regessem, ad interim e respectivamente,
os negócios da marinha e relações
exteriores. Almeida também ficou provisoriamente
á testa do ministerio da fazenda, onde breve
daria provas de seu tino organisador." |
Aqui vale lembrar outro importante
detalhe no que concerne à bandeira tricolor. No anuário,
Vol VIII, página 160 de 27 de fevereiro de 1837, assim
se manifesta um "Repúblico" da Côrte a
respeito da bandeira:
"Os republicanos tem adoptado
um pavilhão tricolor - verde e amarello
nos extremos, encarnado no centro; ilustra muito
bem. Cremos que o verde é esperança
de manterem sua independência; o amarelo
signal de firmeza e resolução nos seus
planos; o encarnado noticia que levarão o fogo
a qualquer parete, que os pretenda incommodar"
. |
Pois aí está parte
de uma história ainda viva e latente no semblante histórico
do povoda Pampa Meridional. Não estamos aqui escrevendo a
história dos países baixos (da América do Sul,
obviamente), limitados à Pampa Gaúcha. Houveram os
farrapos do mar, armados em corsários e, os farrapos dos
campos e bosques, guerrenado em terra. até por que ela teve
que ser trava em "mar" e em "terra". Quanto
ao nome farroupilha, este surge pela primeira vez em 1830. Já
no ano de 1832, surgiu o Partido Farroupilha, inspirado em uma organização
trazida do Rio de Janeiro. Tanto é que Mariano de Mattos
é naturalmente republicano carioca, bem como o Major João
Manoel de Matos e o tenente José dos Reis Alpoim.
Segue a interpretação
dos símbolos do brasão constante na Bandeira da República
Riograndense:
- O barrete frígio se
encontra entre rosáceas simbólicas, que, mais
tarde se transformarão em estrelas. Essas rosáceas
são as do Sephiroth da Cábala, como se pode facilmente
verificar na gravura colorida que abre o capítulo XXI
da grande obra de Manly Hall;
- O Losango, nada mais
é do que a representação dos dois triângulos
que formam a chamada Estrela da Davi. Estão unidos pela
base e significam o dualismo maniqueu, ou seja, a igualdade
do Bem e do Mal, em luta constante;
- Os rochedo são
a PEDRA BRUTA, ou seja, o Homem tal qual o fez a natureza,
em estado primitivo;
- As duas colunas são
as que estão em todas as lojas da maçonaria. Elas
simbolizam, naturalmente, dois princípios de equilíbrio
social:
- Tolerância
e Solidariedade.
Na família representam
o Homem e a Mulher. Analogamente, representa ainda:
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