TRATADO DO PONCHE VERDE
Este documento consta no Livro "A História da Grande Revolução", Tomo VI, pg. 282, de Alfredo Varella, Editora Livraria do Globo, 1933. É importante observar o Art. 5º e o desrespeito ainda hoje do Art. 1º do Tratado. Embora a história oficial apresente este tratado como assinado em 28 de fevereiro e 1º de março de 1845, pelos Farroupilhas e Imperiais, respectivamente, se faz mister informar que o documento original foi datado assim: "Campo de Alexandre Simões, 25 de fevereiro de 1845". No cabeçalho consta "Artigos do Tratado de Paz - concessões obtidas do Governo Imperial, e que deram andamento a conclusão da Paz", deve-se notar que não há qualquer referência ao nome de "Tratado do Ponche Verde", como está registrado na história oficial. Também importante é fato de que Bento Gonçalves da Silva e Souza Neto se recusaram a assinar este Tratado de Paz. Em nenhum dos artigos deste Tratado de Paz a independência da República Rio-Grandense é anulada ou extinta, permanecendo intacta. Outro fato de grande relevância e preponderante é o Tratado de Livre Comércio, através do qual a Inglaterra reconhece a independência gaúcha. Este Tratado é datado de 23 de Março de 1845, ou seja, um mês após a data da suposta assinatura do Tratado do Ponche Verde. Se os Farroupilhas continuavam buscando reconhecimento oficial internacional em Março de 1845, era porque não havia nenhum impedimento para tal, o que segundo muitos fundamenta a tese de que o Tratado do Ponche Verde jamais foi assinado, tendo sido apenas discutido, mas não formalizado. Isso também coaduna com o fato de que foram encontrados apenas rascunhos do Tratado do Ponche Verde; os originais nunca foram encontrados. |